☕ Café Com Satoshi #34: Especial dos 100k - A Mão Invisível 🌟
A cyber-moeda beliscou R$100.000 por unidade. Que ano.
A História é sempre uma síntese. Recorte. Imprecisa e imparcial.
Seus filhos ficarão sabendo que, em 2020, o Bitcoin ~dobrou de valor.
Mas talvez não lhes passe pela cabeça o crash de 50% em um dia, numa sexta-feira fatídica, em março - que inclusive liquidou grandes nomes do mercado de sopetão.
Seus netos lerão sobre a manada de investidores institucionais que aderiram ao ativo mais escasso do planeta, em 2020.
Mas não lhes contarão sobre as semanas frenéticas em que a KuCoin foi hackeada, a BitMex teve fundador detido nos EUA e seu vizinho pre-coiner ficou achando que até Satoshi acabaria na cadeia.
Os detratores vão dizer que “você teve sorte”.
No fundo, eles guardam inveja. Se você está aqui, é porque aguentou firme. É porque teve um c* mais forte que ferro. É porque merece.
O BTC bamboleia inimaginavelmente perto da máxima histórica.
O que nos traz até aqui?
️🗨️ 1. A Guerra Pela Privacidade
A comunidade de tecnologia se chocou, nessa semana, com uma falha que acarretou lentidão em computadores da Apple ao redor do mundo. Mais alarmante que o bug, em si, foram os rastros ele expôs.
Na última versão do macOS, não é possível ligar o computador, abrir um editor de texto, calculadora ou programa qualquer, sem que um registo da sua atividade seja transmitido e armazenado nos servidores da empresa.
Desde 2012, a Apple adere ao PRISM, do exército americano - medida que garante acesso irrestrito, sem mandado, a qualquer dado individual hospedado nesses servidores. Acessos do gênero foram expedidos quase 40.000 vezes, nos EUA, só em 2019. Tenho até medo de pesquisar o número em 2020.
Estamos sujeitos ao rastreamento online desde que, basicamente, o cookie foi inventado. Já não temos mais suspeitas sobre as capacidades dos aparelhos de IoT com que os ricos adornam seus lares. Deixou de “ser conspiração” acreditar que nossos telefones estão escutando. E agora não há dúvida de que os fabricantes dos hardwares mais difundidos estão intimamente mancomunados com as elites políticas.
Esta é uma guerra transgeracional. Entre o Indivíduo Soberano e o Big Brother. Não as figuras, em si; mas as visões de mundo. E a criptografia é a peça central disso.
Se você não tem a menor ideia de por onde começar a se inteirar do assunto… leia estes 7 Passos (10min.) Pra Dormir Mais Tranquilo Quanto à Cyber-Segurança.
🌊 2. O Tsunami Institucional
O mundo despertou para o temor adormecido da inflação.
Nos bastidores, o poder se movimenta para normalizar uma nova categoria de táticas para implementação de políticas monetárias e fiscais. A abolição do dinheiro em espécie é parte do plano. O PIX (e afins) é só um cavalo de Tróia.
Não é o fim dos tempos. Longe disso. O sistema bancário parece finalmente se desvencilhar do “sunk cost” e evoluir a uma velocidade condizente com a realidade. O “problema” (para eles) é que agora existe uma alternativa.
E pessoas com muito dinheiro estão apostando que outras pessoas não terão para onde correr, mais cedo ou mais tarde, a não ser para alternativas como essa.
Abril: o Renassaince, fundo quant mais renomado do planeta, obteve autorização para negociar derivativos de BTC;
Maio: Paul Tudor Jones (BVI Global) anunciou exposição ao BTC
Agosto: MicroStrategy / Square se tornaram as primeiras empresas públicas a entesourarem BTC;
Agosto: Dave Portnoy, influenciador financeiro, começou a negociar BTC;
Outubro: Banco Central do Irã foi o primeiro a anunciar a acumulação de BTC (comprado diretamente de mineradores locais);
Novembro: S. Druckenmiller, gestor multi-bilionário, revelou deter BTC.
⚔️ 3. A Cisão Geopolítica
O balanço de poder internacional se encaminha para uma encruzilhada não vista em décadas recentes.
A penetração dos interesses estatais nos meandros da infraestrutura das titãs da tecnologia transformou a internet em campo de guerra.
A polarização é exacerbada pelo meio em que cada vez gastamos mais horas dos nossos dias. Mas remete a cisões muito mais profundas, que dissolvem nações por dentro. Divisões morais. Irreconciliáveis.
O Bitcoin entra em foco porque não discrimina. Porque na rede, não importa se você é uma mulher, um cachorro ou um robô.
Porque dá a qualquer um a chance de empregar tecnologia militar pra proteger o que é de facto seu.
Se você tiver interesse em se aprofundar, leia esta série em 3 partes 👇
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🌈 4. Novo Ciclo, Aí Vamos Nós
A mídia pendura narrativas que lhe convém à dança indecifrável da criptomoeda.
As questões que realmente importam escapam à imaginação dos pre-coiners.
O fundador ainda vive? Se morto, quem foi? O quanto disso tudo ele imaginou? É uma coincidência os halvings baterem com as eleições americanas? Será que o cabra não veio do futuro?
Provavelmente, jamais se achará respostas para estas perguntas. Mas nós sabemos que Satoshi escolheu “choques discricionários” na oferta (em vez de uma redução gradual e constante). E que arbitrariamente decidiu que cada ciclo conteria ~4 anos.
Não diga que eu estou “viajando na maionese” antes de ao menos se perguntar: quais tipos de eventos acontecem a cada 4 anos? Não dá pra inferir que o caráter ritualístico dessa progressão é intencional? Qual é a chance de que o Bitcoin tenha sido concebido com o aspecto “religioso” (de “culto”) em mente?
Especulações à parte, a essa altura do campeonato, basta um pouco de flexibilidade psicológica para que qualquer primata enxergue um padrão na história financeira do ativo mais mau-entendido da Terra.
À parte de todas as narrativas, o Bitcoin está simplesmente fazendo… o que foi programado pra fazer.
Por que o BTC tá subindo? Independentemente da sua razão favorita, a verdade é que não existe explicação certa. Talvez só Satoshi pudesse nos prover alguma.
Quem sabe não é a mão invisível dele?
📚 Dicas de Leitura
➡ 🗡️ Nunchuk: Multisig Made Easy (Hugo Nguyen)
Uma nova carteira multi-assinatura com UX surpreendentemente boa e várias bibliotecas de código aberto.
➡ 🧘 Buddha on the Blockchain (Lane Rettig)
Reflexões e paralelos históricos sobre a natureza religiosa das criptomoedas.
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Um projeto de código aberto para nos aproximar do objetivo de conseguir traduzir linguagens de espécies não-humanas - mesmo aquelas com as quais jamais tivemos contato.
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